Grof® Breathwork – Respiração Grof®
Stanislav Grof e Christina Grof desenvolveram a respiração holotrópica e, desde 1976, têm usado essa abordagem em workshops nas Américas do Norte e Sul, Europa, Austrália e Ásia. Stanislav Grof, M.D., Ph.D., é um dos fundadores e principais teóricos da Psicologia Transpessoal, que há mais de 60 anos trabalha com a pesquisa moderna da consciência, e Christina Grof, Ph.D., foi professora, autora e fundadora do Spiritual Emergence Network.
A marca Grof® Breathwork para a respiração holotrópica foi criada com o objetivo de proteger e difundir o trabalho Grof®. Stanislav Grof e Brigitte Grof acreditam que esse trabalho pertence ao mundo e deve ser ensinado às próximas gerações.
O Grof® Breathwork é uma técnica que conduz à autoexploração, autodescoberta, transformação e cura, possibilitando integrar insights da moderna pesquisa de consciência, antropologia, psicologia transpessoal, as demais áreas da psicologia, práticas espirituais orientais e tradições místicas do mundo.
O Grof® Breathwork utiliza, basicamente, a respiração mais acelerada e profunda, a música evocativa e o trabalho corporal localizado, quando necessário, para liberação da energia bloqueada. Tais recursos levam os participantes a acessarem um grupo especial de estado incomum de consciência, denominado por Stan Grof de holotrópico, cunhada em 1992, que é uma nova palavra (neologismo) composta de duas palavras gregas – holos, que significa inteiro e trepo / trepein, que significa mover-se em direção a ou ser atraído por algo. Holotrópico é uma palavra nova, relacionada a um termo comumente usado, o heliotropismo – a propriedade das plantas de sempre se moverem em direção ao sol. Os estados holotrópicos de consciência representam um denominador comum para fenômenos importantes na saúde e nos trantornos emocionais da psique humana.
O Grof® Breathwork é uma abordagem experiencial de terapia e autoexploração que facilita o acesso, através dos estados holotrópicos de consciência, a todos os níveis da experiência humana: o nível biográfico, o perinatal (relacionado ao trauma do nascimento) e um amplo espectro do nível transpessoal, que compreende as memórias ancestrais, raciais, coletivas e filogenéticas, as experiências cármicas e a dinâmica arquetípica, e portanto, a profundas raízes psicoespirituais de distúrbios emocionais e psicossomáticos.
Realizado em um ambiente seguro e responsável, especialmente preparado para a prática, os facilitadores qualificados se comportam e agem num clima de respeito, sem críticas e interpretações, apoiando os participantes a vivenciarem a sua experiência interna, incentivando a confiança em seus processos, podendo vivenciarem uma rica variedade de experiências que proporcionam acesso às raízes de transtornos emocionais e psicossomáticos, convidando-os, posteriormente, à arterapia e ao compartilhar das experiências, para auxiliar a integração dos seus processos.
Nas sessões experienciais, os participantes trabalham em duplas, alternando os papéis de respirante e de acompanhante. Os participantes, imbuídos dos seus processos, recebem e dão apoio, sem que haja interferência direta nos processos individuais. Esse processo é supervisionado por facilitadores treinados, que ajudam os participantes sempre que se faz necessária uma intervenção especial.
Uma característica marcante dos estados holotrópicos é a ativação de um mecanismo terapêutico inato, involuntário. Assim como nosso organismo possui uma inteligência própria para realizar processos como a digestão ou a cicatrização de uma ferida, em estados holotrópicos, nosso organismo é capaz de ativar uma inteligência interna de autocura psíquica. Essa inteligência age como um radar interno, trazendo à consciência os conteúdos psíquicos mais relevantes e disponíveis para serem processados. Esta inteligência curadora interna manifesta uma sabedoria terapêutica que transcende a compreensão cognitiva de um terapeuta ou de qualquer escola de psicoterapia. Portanto, no Grof® Breathwork, o facilitador não sugere temas a serem trabalhados nem dirige o processo; ele acolhe sem julgamento tudo o que emerge e atua apenas como uma pessoa de apoio e suporte, para garantir a segurança do trabalho e intervir apenas em situações excepcionais ou quando for solicitado. Nesses casos, o facilitador pode oferecer um tipo de trabalho corporal com o intuito de ajudar a liberar bloqueios emocionais e bioenergéticos, seguindo o fluxo da energia ativada pelo curador interno.
A expressão contida e reprimida das emoções não elaboradas pode ser expressada, libertando o participante do seu próprio padrão, ao cumprir o seu potencial de ser cada vez mais consciente, reorganizando a sua estrutura física, psíquica e espiritual, integrando estes conteúdos, num novo estágio evolucionário da psique. Além da melhora emocional e física, os efeitos benéficos de repetidas sessões podem acarretar mudanças positivas na personalidade, no modo de ver o mundo e na hierarquia de valores.
Outras formas de expressão são elaboradas através do desenho de mandalas e do compartilhar de experiências. Esses elementos, somados aos demais integrantes da técnica, auxiliam na elaboração e integração dos conteúdos do processo de cada participante.
Fora das sessões de Grof® Breathwork e compartilhamento de experiências, o trabalho pode ser combinado com várias formas de autoexploração para aprofundar a integração. Esses componentes de um workshop ou programa devem ser nomeados separadamente; por exemplo, pintura, dança, jogo de areia, terapia Gestalt, constelação familiar, astrologia etc. Se essas experiências adicionais fizerem parte de uma oficina ou programa, será importante não impor interpretações às experiências de outras pessoas. É importante deixar a autoridade sobre a verdade da experiência com o respirante.
Indicação de livros que descrevem sobre a teoria e prática da Respiração Holotrópica:
__ Grof, S. ; Grof, C. 2011. Respiração Holotrópica: Uma Nova Abordagem de Autoexploração e Terapia. Rio de Janeiro: Numina.
__ Grof, S. 1988. Além do Cérebro. São Paulo: Editora McGraw-Hill.
__ Grof, S. 1997. A Aventura da Autodescoberta. São Paulo: Summus Editorial.
__ Grof, S. 2000. Psicologia do Futuro. Niterói, RJ: Editora Heresis.
__ Grof, S. 2015. Cura Profunda: A Perspectiva Holotrópica. Rio de Janeiro, RJ: Numina.
__ Grof, S. 2020. O Caminho do Psiconauta: Enciclopédia para Jornadas Internas, Vols. I, II. Rio de Janeiro, RJ: Numina.
__ Taylor, K. 1994. The Breathwork Experience – Exploration and Healing in Nonordinary States of Consciousness. CA, USA: Hanford Mead Publishers.
__ Taylor, K. 2003. Exploring Holotropic Breathwork, Selected Articles from a Decade of The Inner Door. CA, USA: Hanford Mead Publishers. Este livro é uma referência para pesquisa, pois contém 144 artigos, escritos por 85 autores de várias partes do mundo, que compartilham suas experiências, observações, teorias e pesquisas na área.
__ Taylor, K. 2008. Considering Holotropic Breathwork, CA, USA: Hanford Mead Publishers.
__ Taylor, K. 2007. The Holotropic Breathwork Facilitators Manual, CA, USA: Hanford Mead Publishers.
Quem poderá participar
As pessoas que buscam um aprofundamento da consciência corporal, psicológica, espiritual e suas consequências, ou seja, autodescoberta, transformação, cura e desenvolvimento da criatividade.
O Grof® Breathwork não substitui a psicoterapia, mas aprofunda o processo psicoterapêutico.
Ela pode funcionar como um importante instrumento de ajuda ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático, aos Transtornos Emocionais e Psicossomáticos, ou seja, às pessoas estressadas, com fobias, ansiedade, depressão, e, ainda, aos dependentes químicos e psicológicos.
Além disso, pode ser utilizada em pessoas que sofreram situações de abuso ou que estão bloqueadas em seu próprio processo criativo ou psíquico.
Contraindicações
É contraindicada para pessoas com doenças vasculares e cardiovasculares, hipertensão severa, glaucoma, diabetes, doenças contagiosas agudas, cirurgias recentes (cada caso pode ser avaliado), doenças mentais complicadas, epilepsia e gravidez.
Em Eventos, veja a Agenda do Grof® Breathwork, com Álvaro e Dora Veiga Jardim.